Segundo Mandamento

Resumo: O segundo mandamento não proíbe o uso de material ilustrativo nas cerimônias religiosas. A arte e a representação empregadas no santuário (Êx 25:17-22), no templo de Salomão (1Rs 6:23-26) e na “serpente de bronze” (Nm 21:8, 9; 2Rs 18:4) dão evidências disso.

Êxodo 20:4-6

INTRODUÇÃO

1. Criar deuses e os representar através de objetos ou pessoas são práticas que visam dar a falsa sensação de segurança.

2. O segundo mandamento não proíbe o uso de material ilustrativo nas cerimônias religiosas. A arte e a representação empregadas no santuário (Êx 25:17-22), no templo de Salomão (1Rs 6:23-26) e na “serpente de bronze” (Nm 21:8, 9; 2Rs 18:4) dão evidências disso.

3. O mandamento proíbe a adoração de imagens de escultura. Na verdade, a proibição é uma forma de alertar os adoradores da mentira e dos enganos propositalmente elaborados para afastar as pessoas do Deus verdadeiro.

4. A cultura humana está carregada de elementos que nos empurram sorrateiramente para as práticas idólatras. Por esse motivo, devemos sempre vigiar o coração e a consciência.

5. Deus deve ser único e soberano em nossa vida. Nossas escolhas e atitudes diárias mostrarão se, realmente, Ele é ou não soberano para nós.

I. COMO PENSAVAM OS ANTIGOS

1. Ler Gênesis 35:2

2. Os antigos acreditavam numa multiplicidade de deuses (Gn 35:2; 1Sm 7:3, 4; Js 24:23), sendo cada um especialista em algum aspecto do mundo ou da natureza (Dt 4:15-19). Portanto, era-lhes fascinante pensar que poderiam obter acesso a esses deuses através de ídolos.

3. Era impensável, para a maioria dos antigos, que um deus pudesse ser único.

4. A ideia de um “clínico geral” que seria responsável por todos os deveres divinos simplesmente não faziam parte da mentalidade dos povos antigos.
5. Nesse contexto, a cultura desmoralizante levava as pessoas a sentir a necessidade de deuses que aprovassem suas inclinações.

6. Em nossos dias não são muito diferente. De forma geral, muitas pessoas evitam conhecer o Deus verdadeiro, temendo que Sua vontade irá de encontro aos seus desejos, prazeres inconsequentes e ambições extravagantes.

II. O PROTESTO DE DEUS

1. Ler Deuteronômio 30:17 e 18

2. O primeiro mandamento afirma a unidade de Deus e é um protesto contra o politeísmo.

3. O segundo afirma sua espiritualidade (Jo 4:24), sendo também um protesto contra a idolatria e o materialismo.

4. A expressão “visito a iniquidade” reflete o poder da idolatria para corromper gerações, mantendo as pessoas longe das bênçãos de Deus e levando-as a se tornarem à imagem e semelhança das crendices que existiam em torno desses deuses. Isso minimizava significativamente a importância do comportamento ético e moral.

5. Portanto, a idolatria não era meramente a prática de adoração através de esculturas ou imagens. Era um sistema religioso que desenvolvia um estilo de vida caracterizado por um comportamento parcial ou inteiramente dissociado da verdade de Deus (2Rs 21:1-3; 2Cr 33:1-5).

III. O PERIGO É REAL E ESTÁ NO CORAÇÃO

1. Ler Atos 7:38 e 39

2. A idolatria, com suas atrações e estilos fascinantes, era muito poderosa e tinha a tendência de afastar até os israelitas da adoração e obediência verdadeiras.

3. Geralmente, isso ocorre porque os deuses criados pelos homens refletem a própria dimensão dos desejos de seus corações (At 7:40-43). Esses deuses podem ser controlados e não exigem ações morais de seus adoradores.
4. Dividir o coração com distrações mentirosas ou viver inteiramente à disposição de falsos deuses (desejos) corresponde a viver uma vida fictícia, mentirosa e vazia. Em dado momento, a máscara dessa vida fictícia será tirada e sua realidade sem sentido será revelada.

5. No tempo do apóstolo Paulo, os gregos se tornaram um exemplo de idolatria por causa das distrações comuns. Ellen White escreveu: “Os atenienses, apegando-se persistentemente à sua idolatria, viraram as costas à luz da verdadeira religião. Quando um povo está completamente satisfeito com suas próprias realizações, pouco se pode esperar dele. Embora se orgulhassem de ser requintados e instruídos, os atenienses estavam se tornando cada vez mais corruptos e mais satisfeitos com os obscuros mistérios da idolatria” (Atos dos Apóstolos, p. 239).

CONCLUSÃO

1. No Sinai, Deus concedeu aos israelitas o privilégio de ser e viver como um povo santo, sujeitando-se, de forma obediente, a Seus mandamentos. Este mesmo Deus não é “ciumento” como os gregos pensavam, de mero sucesso ou grandeza. Devido à Sua própria honra, Ele não abre mão do respeito e reverência que Lhe são devidos. Por fim, é através da perseverança na obediência que o amor verdadeiro por Deus é demonstrado.

2. Visto que o próprio Deus é amor, e Seu relacionamento com Suas criaturas é motivado pelo amor (1Jo 4:7-21), Deus não deseja que Lhe obedeçamos por necessidade, mas por escolha (Jo 14:15, 21; 15:10; 1Jo 2:5; 5:3; 2Jo 6).

3. No relato de Deuteronômio 12:2 foi requerido que os israelitas destruíssem todos os altares, ídolos, nomes e lugares de deuses falsos aos quais eles serviam. O mesmo princípio é requerido hoje, especialmente pelo povo de Deus.

4. Fatalmente, nos transformamos na imagem e semelhança daquilo que ocupa o nosso coração. O que e como fazer para que o coração seja transformado somente à imagem de Jesus? Segundo mandamento.

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